eu era muito pequena quando via a minha avó materna conversando com plantas. ela não tinha roseiras fincadas ao chão, mas samambaias erguidas em paredes e muitos vasos com folhas bonitas de comigo-ninguém-pode e antúrios brancos - os meus favoritos até hoje. cresci amando plantas e vendo a minha mãe continuar a conversar com as minhas "irmãs". até hoje elas estão conosco. algumas folhas enormes, outras pequenas. então chegou a primavera, e logo me coloquei a registrar os detalhes dessas bonitas do meu jeito favorito: em preto e branco. nas imagens, a dracena-vermelha e os lírios-da-paz.
primavera
28 de setembro de 2023
cotidianoeu era muito pequena quando via a minha avó materna conversando com plantas. ela não tinha roseiras fincadas ao chão, mas samambaias erguidas em paredes e muitos vasos com folhas bonitas de comigo-ninguém-pode e antúrios brancos - os meus favoritos até hoje. cresci amando plantas e vendo a minha mãe continuar a conversar com as minhas "irmãs". até hoje elas estão conosco. algumas folhas enormes, outras pequenas. então chegou a primavera, e logo me coloquei a registrar os detalhes dessas bonitas do meu jeito favorito: em preto e branco. nas imagens, a dracena-vermelha e os lírios-da-paz.
conheci o trabalho da Priscilla através das redes sociais e fiquei muito contente quando ela me procurou para compartilhar o seu livro. durante a minha vida com a leitura, muitas obras foram me encontrando e as poesias se tornaram parte importante do meu cotidiano. Isabel Allende, Neide Archanjo, Ana Miranda, Priscilla Luiza, são alguns dos nomes que me visitam. em "Passagem de Ida e Volta", livro de poesia de estreia da autora, fui levada para cenas que vejo diariamente e outras que ficam na minha lembrança.
"o livro nasceu da minha vontade de colocar o que eu escrevo pro mundo", conta a autora em seu blog. "desengavetar minha força de expressão por meio da poesia é um caminho que desejo continuar trilhando para me enxergar e prestar mais atenção no que está ao meu redor", completa.
nascida e criada em Fortaleza, no Ceará, a escritora também é publicitária por formação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre em Comunicação, pela mesma instituição, onde pesquisou sobre memória e cinema brasileiro.
com publicação da Editora Folheando, a quarta capa do livro tem texto assinado pela escritora Jarid Arraes, capa de Gyzelle Góes, diagramação de Pedro Henrique Lobato e revisão de Talita Bastos. aqui, preciso comentar que a edição da capa me fez lembrar dos meus cadernos com rabiscos e pinturas com canetas e lápis em cera. mais do que rabiscos, o fundo vermelho também me levou ao lado afetivo da minha vida com o cinema, pois a obra da também cearense, Ana Miranda, chamada "Prece a Uma Aldeia Perdida" (2004), foi fundamental para a criação do meu documentário de estreia, em 2021.
essa "força de expressão por meio da poesia", como Priscilla conta, está presente em cada página do seu livro. seria impossível caminhar pelas palavras dela sem antes conhecer um pouco mais sobre a sua história. isso tornou a minha passagem por cada palavra ainda mais especial. deixo vocês com a nossa conversa, que começou em maio desse ano.
quem é Priscilla Pinheiro?
pra mim, a pergunta sobre quem somos e qual é o nosso propósito ou o que viemos fazer nessa terra é sempre um mistério que nos envolve. acredito que estamos sempre em constante mudança e que é por meio dos encontros com esses mistérios da vida que vamos aprendendo mais sobre quais caminhos desejamos percorrer, de forma que sempre estamos e nunca somos. eu me vejo como alguém que está em constante transformação e que deseja continuar caminhando e descobrindo outras coisas.
quando você entendeu que a escrita fazia parte da sua vida? como você descreve o seu estilo de escrita?
eu descobri que a escrita fazia parte da minha vida logo na infância, quando tinha vontade de saber tudo que estava escrito nos lugares e nas coisas, pedia para meus pais contarem histórias e lerem pra mim. depois da alfabetização, então, passei a ler qualquer coisa que meus olhos alcançavam, porque tinha muita curiosidade e vontade de saber mais coisas e entender o que me rodeava. no colégio, ganhei alguns concursos que envolviam escrita, mas depois de um tempo fui escrevendo só pra mim, até que no ano passado comecei a compartilhar meus escritos com mais pessoas e tive a oportunidade de publicar meu primeiro livro de poesia, Passagem de ida e volta, pela Editora Folheando. acredito que meu estilo de escrita é conversar comigo e com outras pessoas, pra me entender e dialogar com coisas que penso e sinto. por isso, me sinto muito feliz quando vejo que o que escrevi ressoou em alguém ou gerou identificação em quem leu.
"passagem de ida e volta" e uma conversa com a autora, a cearense Priscilla Pinheiro
27 de junho de 2023
encontrosconheci o trabalho da Priscilla através das redes sociais e fiquei muito contente quando ela me procurou para compartilhar o seu livro. durante a minha vida com a leitura, muitas obras foram me encontrando e as poesias se tornaram parte importante do meu cotidiano. Isabel Allende, Neide Archanjo, Ana Miranda, Priscilla Luiza, são alguns dos nomes que me visitam. em "Passagem de Ida e Volta", livro de poesia de estreia da autora, fui levada para cenas que vejo diariamente e outras que ficam na minha lembrança.
"o livro nasceu da minha vontade de colocar o que eu escrevo pro mundo", conta a autora em seu blog. "desengavetar minha força de expressão por meio da poesia é um caminho que desejo continuar trilhando para me enxergar e prestar mais atenção no que está ao meu redor", completa.
nascida e criada em Fortaleza, no Ceará, a escritora também é publicitária por formação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre em Comunicação, pela mesma instituição, onde pesquisou sobre memória e cinema brasileiro.
com publicação da Editora Folheando, a quarta capa do livro tem texto assinado pela escritora Jarid Arraes, capa de Gyzelle Góes, diagramação de Pedro Henrique Lobato e revisão de Talita Bastos. aqui, preciso comentar que a edição da capa me fez lembrar dos meus cadernos com rabiscos e pinturas com canetas e lápis em cera. mais do que rabiscos, o fundo vermelho também me levou ao lado afetivo da minha vida com o cinema, pois a obra da também cearense, Ana Miranda, chamada "Prece a Uma Aldeia Perdida" (2004), foi fundamental para a criação do meu documentário de estreia, em 2021.
essa "força de expressão por meio da poesia", como Priscilla conta, está presente em cada página do seu livro. seria impossível caminhar pelas palavras dela sem antes conhecer um pouco mais sobre a sua história. isso tornou a minha passagem por cada palavra ainda mais especial. deixo vocês com a nossa conversa, que começou em maio desse ano.
quem é Priscilla Pinheiro?
pra mim, a pergunta sobre quem somos e qual é o nosso propósito ou o que viemos fazer nessa terra é sempre um mistério que nos envolve. acredito que estamos sempre em constante mudança e que é por meio dos encontros com esses mistérios da vida que vamos aprendendo mais sobre quais caminhos desejamos percorrer, de forma que sempre estamos e nunca somos. eu me vejo como alguém que está em constante transformação e que deseja continuar caminhando e descobrindo outras coisas.
quando você entendeu que a escrita fazia parte da sua vida? como você descreve o seu estilo de escrita?
eu descobri que a escrita fazia parte da minha vida logo na infância, quando tinha vontade de saber tudo que estava escrito nos lugares e nas coisas, pedia para meus pais contarem histórias e lerem pra mim. depois da alfabetização, então, passei a ler qualquer coisa que meus olhos alcançavam, porque tinha muita curiosidade e vontade de saber mais coisas e entender o que me rodeava. no colégio, ganhei alguns concursos que envolviam escrita, mas depois de um tempo fui escrevendo só pra mim, até que no ano passado comecei a compartilhar meus escritos com mais pessoas e tive a oportunidade de publicar meu primeiro livro de poesia, Passagem de ida e volta, pela Editora Folheando. acredito que meu estilo de escrita é conversar comigo e com outras pessoas, pra me entender e dialogar com coisas que penso e sinto. por isso, me sinto muito feliz quando vejo que o que escrevi ressoou em alguém ou gerou identificação em quem leu.
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