o eterno reaprender a estar

Dia desses percebi que já que passaram doze anos desde que conheci a internet através dos blogs, e que muito em breve o nome poético diário completará o seu nono ciclo ao meu lado. Aos dezoito anos deixei o tumblr e migrei para a plataforma blogger. Já são muitos anos acreditando que registrar cotidianos é um caminho para que a vida se torne mais bonita e, bem, eu fico feliz por não ter desistido de fazer isso. De fato, escrever foi se tornando uma das coisas que eu mais amo fazer e ter um blog há tantos anos me faz acreditar fielmente que esse registro diário se torna (sempre) especial.

 

Somos feitos por cada memória que nos acompanha. Ter um blog para registrar caminhos, me faz pensar que aprendi a admirar esses registros ainda na infância. 

A minha mãe sempre gostou de fotografar a nossa rotina. Cada registro se encontra aqui em casa e também nos negativos das câmeras antigas que ela nunca descartou. Mainha registrou o seu namoro com o meu pai, o casamento, a gravidez, os meus primeiros meses de vida... a minha infância. Gosto de pensar que quem me apresentou esse ato de fotografar por aqui foi ela, pois de fato foi.  

Beiro os vinte e tantos com essa mesma vontade. Essa coisa genuína de estar com a câmera em mãos, assim como cadernos e canetas. Penso que ter um blog é como uma personificação do afeto (pela vida). Então vou deixando parte por parte desse afeto por aqui - e por aí, quando ponho as lentes diante dos olhos.